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Aos 21 anos, ela ganhou o título de Miss Mundo 2025, e sua história não é comum

Com apenas 21 anos, Opal Suchata Chuangsri acaba de fazer história ao se tornar a primeira mulher tailandesa a conquistar o título de Miss Mundo. Esta coroação, realizada em Hyderabad, Índia, em 31 de maio de 2025, não resume por si só a riqueza de sua jornada, repleta de resiliência, comprometimento e determinação.

Uma estreia histórica para a Tailândia

Uma cena de júbilo se desenrolou no palco do Centro de Convenções Jio World, na Índia, quando Opal Suchata, representando a Tailândia, foi coroada Miss Mundo 2025 após uma final com 108 jovens mulheres de todo o mundo. Ela sucede a polonesa Karolina Bielawska, Miss Mundo 2021, cuja edição anterior havia sido adiada diversas vezes devido à pandemia.

Opal se destacou desde o início da competição, não apenas por sua elegância, mas também por seu profundo compromisso social. Ela derrotou o etíope Hasset Dereje Admassu (1º colocado), a polonesa Maja Klajda (2º colocado) e a martiniquenha Aurélie Joachim (3º colocado). Este triunfo marca uma grande estreia para a Tailândia, que nunca conquistou o título nas 72 edições da competição.

Uma jovem brilhante e determinada

Nascida em 20 de setembro de 2003 em Phuket , Opal Suchata cresceu entre Bangkok e sua província natal. Ela se destacou desde cedo por suas conquistas acadêmicas. Formada pela Escola Triam Udom Suksa, uma das escolas de ensino médio mais prestigiadas do país, ela agora cursa ciências políticas e relações internacionais na Universidade Thammasat.

Trilíngue — fluente em tailandês, inglês e mandarim —, ela aspira trabalhar na diplomacia, com um objetivo claro: defender os direitos das mulheres e crianças internacionalmente. Essa vocação foi forjada em vista de um evento significativo durante sua adolescência.

Uma provação pessoal transformada em missão pública

Aos 16 anos, Opal passou por uma cirurgia para remover um tumor benigno na mama. Foi uma experiência angustiante que a confrontou, ainda muito jovem, com a vulnerabilidade do corpo e o medo da doença. Ela escolheu fazer disso a força motriz por trás de seu compromisso.

Foi assim que nasceu o projeto “OpalForHer”, uma iniciativa para conscientizar sobre o câncer de mama entre adolescentes e jovens mulheres, especialmente nas escolas. O projeto foi elogiado pelo júri do Miss Mundo na categoria “Beleza com Propósito” — um dos pilares do concurso — por seu alcance educacional e raízes locais.

Uma resposta marcante na final

A pergunta decisiva da final foi feita pelo ator indiano Sonu Sood: “Qual você acha que é a responsabilidade de um líder ao contar sua história?” Sem hesitar, Opal respondeu: “Um verdadeiro líder escolhe contar sua história com a verdade, mas, acima de tudo, com humildade. Seja a pessoa que os outros admirarão.” Essa resposta simples, porém impactante, conquistou os jurados e resumiu a essência de sua jornada: humildade, verdade e impacto positivo nos outros.

Uma trajetória já excepcional

Antes do Miss Mundo, Opal já havia conquistado seu nome no mundo dos concursos de beleza. Em 2024, conquistou o título de Miss Universo Tailândia e ficou em terceiro lugar no concurso Miss Universo na Cidade do México. No entanto, sua inscrição no Miss Mundo gerou uma controvérsia contratual que a levou à desclassificação retroativa do concurso Miss Universo — uma decisão técnica que em nada afetou sua credibilidade ou popularidade.

Desde sua vitória, a jovem tem sido celebrada como um ícone nacional na Tailândia. Cerimônias foram realizadas em Bangkok, e as redes sociais tailandesas foram inundadas com mensagens de orgulho e felicitações. Em um país onde a representação feminina nos altos escalões continua sendo uma questão importante, o sucesso de Opal é visto como um símbolo de emancipação e progresso. Além das fronteiras da Tailândia, ela também personifica uma mensagem universal: a inteligência emocional como força motriz para a mudança e para o engajamento da juventude.

A vitória de Opal Suchata no Miss Mundo 2025 não marca apenas um sucesso pessoal ou nacional: ela redefine o que uma “rainha da beleza” pode ser no século XXI. Embaixadora da bondade, Opal nos lembra que nenhum obstáculo é intransponível quando escolhemos transformar nossas feridas em uma luta pelos outros. E embora a coroa brilhe em sua cabeça, é acima de tudo a força de seu compromisso que ilumina o mundo.

*MSN Notícias