Mato Grosso do Sul

Camelódromo reabre nesta quarta-feira com prejuízo de R$ 2 milhões após incêndio

O Camelódromo irá reabrir ao público nesta quarta-feira (14) parcialmente interditado e com prejuízo estimado em R$ 2 milhões após o incêndio que atingiu o local no último domingo (11).

De acordo com presidente do Camelódromo, Narciso Soares, conta que quatro dos boxes atingidos pelas chamas eram de roupas, um de brinquedos e três de assistência técnica de celulares. As eletrônicas guardavam 200 baterias.

“[…] esse produto pode causar incêndio com baterias; são baterias que quando ela é de lítio e causa algum curto nela, ela não apaga; ela continua [pegando fogo]. Então, a gente acha que possa ter sido isso aí, porque a gente desliga toda a parte elétrica”, diz ao Jornal Midiamax, acrescentando que espera o resultado da perícia técnica.

O prejuízo pode aumentar, já que alguns comerciantes ainda vão conferir os boxes pela primeira vez após o incidente. “Eles acreditam que os boxes deles não foram afetados, mas de alguma forma foram. Porque esse sprinkler – por causa da fumaça – acionou e acionou um espaço longo, onde tinha a fumaça. E a água caiu e caiu dentro dos boxes”, acredita.

Prejuízo de meio milhão

No camelódromo há 25 anos, Valmir Caetano da Silva viu o esforço de uma vida inteira sendo consumido pelas chamas, deixando um prejuízo de R$ 500 mil.

Dos cinco boxes que pertencem ao comerciante, três foram completamente destruídos no incêndio, os dois que restaram acabaram cobertos pela água durante o combate ao fogo.

Reabertura

A segunda (12) e terça-feira (13) foram de limpeza no Camelódromo, que irá reabrir nesta quarta com as partes atingidas pelo fogo interditadas e sinalizadas, já que oferecem risco de acidente por conta das ferragens retorcidas.

Conforme cronograma divulgado pela administração antes do incêndio, por conta do Carnaval, o Camelódromo iria abrir na segunda, fechar na terça e reabrir apenas após às 12h de quarta.

Por conta do incêndio, o local permanece fechado até esta Quarta-feira de Cinzas. Um espaço no piso superior do Camelódromo foi oferecido para os comerciantes atingidos que ainda tinham produtos em estoque guardados em casa.

Reforma

Além disso, a administração e os comerciantes se reúnem no dia 27 para discutir uma reforma no Camelódromo para evitar novos incidentes. Segundo Narciso, a parte elétrica não é mexida desde a inauguração do local, há 25 anos.

Como o prédio é da Prefeitura, a administração deve procurar o Executivo Municipal para viabilizar as obras. Outra medida que será discutida é a penalização de comerciantes que não seguem as normas de segurança.

Segundo Narciso, apenas um padrão concentra toda a parte elétrica do centro comercial, mas cada box tem um disjuntor próprio, que deve ser desligado ao final do dia de trabalho. Quando um comerciante precisa fazer alguma manutenção, por exemplo, a administração liga toda a energia do local e o disjuntor do box específico.

Caso um colaborador deixe o disjuntor ligado com algum equipamento, seja carregador, ventilador ou outro, as chances de um acidente aumentam. “Acho importante essa reforma para deixar mais seguro. Os danos também foram psicológicos. Está todo mundo com medo de acontecer de novo”, relata o administrador.

25 anos de história

O camelódromo de Campo Grande tem 496 boxes e um piso superior onde se encontram outras lojas. Inaugurado em dezembro de 1998, o centro comercial tem 25 anos de existência e foi criado para por fim a desentendimentos entre lojistas do centro e ambulantes.

O prédio ocupa espaço com cerca de três mil metros quadrados, onde estão distribuídas lojas padronizadas para a comercialização dos mais diversos tipos de produtos. Localizado ao lado do shopping cidade, em região de grande movimentação.

*Midiamax