Cinema

Netflix aposta em temática polêmica para série original “Messiah”

Atualmente, é cada vez mais difícil acreditar em alguma informação. Em meio a tantos escândalos de divulgação de “fake news”, nenhuma notícia tem mais total credibilidade, e, ao analisar essa situação mais detalhadamente, algo estranho surge à mente: algumas das personalidades mais influentes na história da Humanidade provavelmente seriam tratados como mentirosos. Para discutir um pouco melhor um exemplo desse cenário, chega à Netflix a série “Messiah”, com estreia marcada para o dia primeiro de janeiro.

A produção gira em torno de Al-Masih (Mehdi Dehbi), um líder carismático que diz ser filho de Deus. Com o passar do tempo, algumas de suas ações começam a chamar a atenção mundial, e sua posição como messias começa a parecer cada vez mais concreta. Entretanto, não é todo mundo que vê o protagonista com bons olhos. Para se assegurar de que o “messias” não é, na verdade, um terrorista, o governo americano monta uma força-tarefa, chefiada por Eva Geller (Michelle Monaghan). Em meio aos supostos milagres realizados por Al-Masih, a equipe está sempre por perto para identificar se, na verdade, o protagonista não faz parte de alguma organização criminosa.

Em uma sociedade altamente conectada, Al-Masih começa a ganhar um número assustador de seguidores em muito pouco tempo, o que acaba por deixar a investigação cada vez mais impopular. Obrigada a lidar com a dificuldade do caso, somada à pressão de desconfiar de uma personalidade tão carismática, é fundamental que Eva mantenha o profissionalismo acima de qualquer crença e se empenhe para extrair a verdade de Al-Masih, custe o que custar.

“Messiah” nem estreou na Netflix e já é alvo de diversas discussões. Abordar um assunto de tamanha importância é sempre uma fonte de polêmicas. O maior frisson ocorreu justamente na comunidade islâmica, na qual muitos fiéis acreditam que o protagonista represente Al-Masih Dajjal, o grande falso profeta da religião.

*Variedades