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Presidente do Grêmio revela que quatro jogadores estão sendo monitorados pelo futebol europeu

A pandemia de coronavírus já está afetando os cofres dos clubes brasileiros e cada um está trabalhando como pode em meio as dificuldades para não terminar a temporada com uma dívida milionária.

Esse é o caso do Grêmio, que tem como planejamento da diretoria, um superávit até junho e previsão de já estar bem melhor em 2021, mesmo ainda dependendo de algumas situações, que incluem as negociações de jogadores.

Em entrevista exclusiva ao site Yahoo, o presidente Gremista, Romildo Bolzan Jr. comentou sobre as possíveis transferências, a volta da normalidade no futebol e sobre o treinador Renato Gaúcho.

Com relação a paralisação no esporte por conta do Covid-19, o mandatário afirmou que o clube está seguindo os protocolos sanitários, mas espera que tudo volte ao normal logo.

“Eu observo os protocolos sanitários. Se for possível jogar antes, melhor assim. Acho que não será possível jogar com portões abertos. Me parece que com os protocolos, o futebol voltará mais cedo e sem público, com todas as providências do vestiário, para quem trabalha no jogo, dos que estão bem próximos aos jogadores, comissão técnica, segurança, todo aquele staff que trabalha no futebol. Eu gostaria que pudéssemos voltar dia 02 de maio, com todos os protocolos autorizados para recuperação física, aprimoramento técnico e lá por meados de maio, um pouco além, voltando com os regionais. Para mim, o calendário ideal seria esse, desde que seguro do ponto de vista de saúde pública. O Grêmio está comprando 300 testes do Coronavírus para quando recomeçar, seus atletas estejam tranquilos para esses protocolos”, disse.

Já sobre os atletas que estariam na mira dos europeus, Romildo contou que um deles, Éverton Cebolinha, se torna mais visível pelo nome que construiu.

“Éverton tem uma valor de mercado por conta do que ele é no futebol. Tranquilamente, é um dos maiores jogadores brasileiros em atividade, de Seleção Brasileira, sul-americano da melhor qualidade, portanto ele tem seu valor“, pontuou.

Além de Cebolinha, Matheus Henrique, Pepê e Jean Pyerre seriam os demais nomes na mira do futebol internacional.

“São os jogadores mais monitorados pelo futebol europeu e outros continentes. Te diria também sobre o Kanneman, Caio Henrique e o Alisson. Temos jogadores da base que não surgiram ainda que também são monitorados e podem ser objetos, primeiro do ganho esportivo e depois do ganho de negócios porque isso faz parte do jogo. Tudo isso é normal”, revelou.

Mesmo que a crise causada pelo coronavírus force as negociações serem com um valor mais baixo, o presidente do Grêmio afirma que continuará cobrando o valor pelo qual os atletas valem.

“Há um fato novo que é a variação cambial. Se tu tens uma expectativa do dinheiro que pode corresponder a tua necessidade, mas não contempla em dólar ou euros, a variação cambial em reais também pode valorizar uma situação dessa natureza. O Grêmio vai valorizar seus ativos, jogadores, como sempre fez pelos preços que são. Olho para a moeda em real, olho para o câmbio e para as possibilidades”, disse antes de completar.

“Agora, se vierem com 20 milhões de euros pelo Éverton, não levam. O Everton da Inglaterra teve um contato pessoal do seu treinador (Ancelotti) com o Éverton, apenas isso. Do Milan, nunca recebi proposta, do Manchester City também não. O Grêmio só trabalha com propostas concretas”, concluiu.

Perguntado sobre sua opinião quando dizem que o Renato Gaúcho que manda no Grêmio, o mandatário foi firme ao dizer que independentemente do que é falado, ele quer ver os resultados na mesa.

“Não, ele pode ser o primeiro, desde que ele dê os resultados para o Grêmio. Estou pouco me lixando para questões de orgulho, vaidade. Se ele for o campeão, estou louco de vontade de bater palmas para todos nós, inclusive, para os jogadores. Vamos combinar, cada um na sua. Nós temos responsabilidades muito além do futebol no Grêmio. O Renato e os jogadores têm que jogar para ser campeões. Ali é o negócio do Grêmio, que tem que fazer time. Se ele ganhar campeonatos, pode ser o presidente, o chefe da torcida, pode ser o que quiser. A gente paga a conta e ele faz a festa com a gente, não tem problema nenhum”, finalizou.

*UOL Esportes